Governo do Estado realizou um grande
esforço de negociação com a direção do CPERS/Sindicato, encaminhando as
respostas às reivindicações entregues no dia 15 de agosto. No entanto, a
direção da entidade resolveu radicalizar e declarar greve numa
assembleia geral no dia 23 de agosto, com a presença de um pequeno
número de professores. Embora a adesão ao movimento tenha sido de menos
de 1% das escolas, o Governo dispôs-se a sentar com o comando de greve e
continuar o processo de negociação, com a realização de audiência no
dia 28 de agosto, esclarecendo pontos que haviam sido considerados pouco
objetivos pela direção do sindicato.
O
Governo avançou nos seguintes pontos: garantia da paridade entre ativos
e inativos, concessão de 180 dias de licença-maternidade para
servidoras contratadas, ingresso no Plano de Carreira para os
funcionários de escolas oriundos do Quadro Geral, criação de novos
cargos de funcionários e realização de concurso, abertura de discussão
para modificar as leis que regulam o vale-transporte e o vale-refeição e
a garantia da realização das promoções dos professores no Plano de
Carreira atrasadas desde 2002.
Frente
às propostas de avanço do Governo, o sindicato priorizou apenas três
pontos: o pagamento imediato do piso salarial nacional, a suspensão da
reforma do Ensino Médio e a revisão do vale-transporte e vale-refeição.
Surpreendentemente,
a direção do sindicato não considerou e não apontou como prioridade as
promoções atrasadas desde 2002 para 24 mil professores.
O
Governo reafirma a busca de negociações a nível nacional para, junto a
outros Estados e Municípios, o Governo Federal e o Congresso Nacional
para definir um índice de reajuste que torne viável o pagamento do piso
no Plano de Carreira, pois no Rio Grande do sul nenhum professor recebe
menos do que o piso salarial nacional. Trata-se, agora, de buscar uma
solução em que seja possível pagar o piso preservando o Plano de
Carreira, para que o piso não vire teto, como está ocorrendo em outros
estados. Enquanto isso não acontece, o Governo já garantiu 76,6% de
reposição até 2014, o que significa 50% de aumento real, o maior aumento
real que os professores receberam em 40 anos.
A
direção do movimento não convocou assembleia, não informou aos
professores o resultado das negociações, não considerou sequer a
promoção dos 24 mil professores. Mantém um movimento isolado da ampla
maioria das comunidades escolares e radicaliza, através da prática de
atitudes agressivas, que só podem trazer prejuízo aos interesses da
educação do Estado do Rio Grande do Sul.
Secretaria de Estado da Educação
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