Para saber mais:
ENSINO
POLITÉCNICO
OBJETIVOS DO ENSINO MÉDIO
Os
objetivos do Ensino Médio são:
-
Propiciar a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos na finalização
da Educação Básica e no Ensino Superior;
-
Consolidar no educando as noções sobre trabalho e cidadania, de modo a ser
capaz de, com flexibilidade, operar com as novas condições de existência
geradas pela sociedade.
-
Possibilitar formação Ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e o
pensamento crítico do educando.
-
Compreender os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,
relacionando teoria e prática, parte e totalidade e o principio da atualidade
na produção do conhecimento e dos saberes.
ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA
Concepção de Conhecimento e de Currículo
O
Ensino Médio Politécnico tem como fundamento uma concepção de conhecimento
compreendido como processo humano, sempre provisório, histórico, permanente na
busca da compreensão, da organização e da transformação do mundo vivido. A
produção do conhecimento se origina nas práticas sociais e nos processos de
transformação da natureza pelo homem o que dá ao conhecimento um caráter
dinâmico.
O
currículo escolar para captar esse caráter dinâmico do conhecimento é concebido
como o conjunto das relações e inter-relações que concretizam a escola e
resgatam o sentido da escola como espaço de desenvolvimento, aprendizagem e
ensino. Nesta mesma direção os conteúdos escolares são selecionados e organizados
a partir da realidade, das elaborações realizadas historicamente nas diferentes
áreas do conhecimento, da necessidade de compreensão e entendimento do mundo.
Para
abarcar essa complexidade em suas diferentes dimensões o currículo escolar
estrutura-se considerando as fontes do currículo epistemológica, filosófica,
sócio-antropológica e sócio-psicopedagógica:
n EPISTEMOLÓGICA: refere-se ao estudo
do conhecimento, de como ele é adquirido e de sua elaboração e produção, que se
dá pela relação entre sujeito e objeto em circunstâncias históricas
determinadas. Assim, a Fonte Epistemológica evidencia o conhecimento como
construção de respostas e leituras de mundo diante dos fenômenos de existência
que estão em permanente construção e se manifestam de diferentes modos. Nesse
sentido, os conhecimentos existentes quando tratados de modo isolado, sejam
eles originários quer da cultura local, quer de cada uma das áreas do
conhecimento ou componentes curriculares, mesmo sendo valorosos, são sempre
insuficientes e incompletos para explicar os fenômenos da existência humana.
Contudo, esta noção de incompletude e de falibilidade (em virtude de não ser
definitivo e absoluto) do conhecimento historicamente elaborado não pode ser
concebido na escola como um conjunto de conhecimentos dispersos e desconexos.
Além disso, a Fonte Epistemológica alerta também para o fato de que o conhecimento
atual se sustenta no aperfeiçoamento, no aprofundamento, na releitura, na
expansão e até mesmo na negação e substituição de conhecimentos já consagrados
historicamente.
Desse modo, o conhecimento oriundo da cultura do aluno e o
conhecimento decorrente das elaborações históricas de cada componente
curricular necessitam ser colocados em comunicação, procurando uni-los e, em
uma ação interdisciplinar, estabelecer suas relações religando os diferentes
campos do conhecimento, de tal modo que se perceba, através de uma visão de
totalidade, o sentido dos fenômenos que nos cercam.
n FILOSÓFICA:
Nessa Fonte evidenciam-se as concepções a partir das quais os sujeitos
relacionam-se com a realidade social, perspectiva essa que faz do conhecimento
e do saber formas de relação com o mundo em que se expressam visões, desejos,
posturas, comportamentos, valores, convicções, perspectivas e consciência
diante de tudo que compõe o mundo: sociedade, escola, conhecimento, ser humano,
presente, futuro, relações, cidadania, democracia, etc. Assim, com a Fonte
Filosófica a escola em sua função social é compreendida como lugar de mediação
e produção de visões e atitudes, individuais e coletivas, perante o mundo. É
nessa Fonte que se define também a necessidade da escola com qualidade social
cidadã possibilitar problematizações e leituras críticas que levem a
transformação dos aspectos que ferem os direitos humanos e a emancipação dos
seres humanos.
n SOCIO-ANTROPOLÓGICA – Nessa Fonte
defende-se a convicção de que o nascimento dos seres humanos não é somente
biológico, mas social e cultural o que faz do conhecimento uma produção
cultural dos sujeitos. Assim, o currículo escolar necessita considerar os
significados sócio-culturais de cada prática, no conjunto das condições de
existência em que ocorrem; esta dimensão fornece os sistemas simbólicos que articulam
as relações entre o sujeito que aprende e os objetos de aprendizagem, entre
realidade local e global. Assim, o ser humano é resultante das circunstâncias
ao mesmo tempo em que as transforma. A transformação social e cultural é
fruto da coincidência entre transformação das consciências e das
circunstâncias. Em decorrência, não há aprendizagem sem protagonismo do
educando, que constrói significados e representações pela ação cultural,
instigado pelo exercício da curiosidade.
Evidentemente, o
protagonismo não é exclusivamente do educando, mas também do educador que busca
ir além da realidade imediatamente percebida e lança-se como investigador,
conhecendo o que o educando já sabe, buscando compreender o contexto e a
situação cultural em que o educando está inserido, planejando assim o trabalho
pedagógico de modo a que ele próprio seja sujeito e não objeto da história.
n SÓCIO-PSICOPEDAGÓGICA – Nessa Fonte
considera-se a relação entre desenvolvimento e aprendizagem; promove-se o
desenvolvimento intelectual-cognitivo-biológico na relação com o mundo;
compreende-se a escola como espaço de trabalho cooperativo e coletivo que
organiza o currículo escolar para atender as características próprias dos
educandos em seus aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores, e o trabalho
pedagógico é flexível para assegurar o sucesso do aluno. Portanto, a Fonte
sócio-psicopedagógica contribui para o entendimento de que o desenvolvimento
humano, que é sócio-cultural e biológico-cognitivo, apresenta nos sujeitos
fases com características e tempos diferenciadas, que, por conseguinte variam
de sujeito a sujeito e nas diferentes sociedades
ENSINO NORMAL
Os
objetivos do Ensino Médio são:
-
Propiciar a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos na finalização
da Educação Básica e no Ensino Superior;
-
Consolidar no educando as noções sobre trabalho e cidadania, de modo a ser
capaz de, com flexibilidade, operar com as novas condições de existência
geradas pela sociedade.
- Possibilitar
formação Ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento
crítico do educando.
-
Compreender os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,
relacionando teoria e prática, parte e totalidade e o principio da atualidade
na produção do conhecimento e dos saberes.
Os
objetivos do Ensino Médio – Curso Normal são os de oportunizar a formação de
professores através da compreensão do que é aprender, de como se aprende e onde
se aprende, considerando que construir conhecimento decorre da relação com o
outro e com o objeto a ser conhecido, estabelecendo uma constante relação entre
teoria e prática e possibilitar ao aluno o entendimento da infância, em seu
processo social e histórico e da criança na situação de sujeito de direitos.
ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA
Concepção de Conhecimento e de Currículo
O
Ensino Médio- Curso Normal tem como fundamento uma concepção de conhecimento
compreendido como processo humano, sempre provisório, histórico, na permanente
busca de compreensão, de organização e de transformação do mundo vivido. A
produção do conhecimento se origina nas práticas sociais e nos processos de
transformação da natureza pelo homem.
O
currículo é o conjunto das relações desafiadoras das capacidades de todos, que
se propõe a resgatar o sentido da escola como espaço de desenvolvimento e
aprendizagem. Os conteúdos são organizados a partir da realidade, da
necessidade de sua compreensão e do entendimento do mundo.
A
proposta curricular se constitui pelas bases epistemológica, filosófica,
sócio-antropológica e sócio-psicopedagógica:
Desse modo, o conhecimento oriundo da cultura do aluno e o conhecimento decorrente das elaborações históricas de cada componente curricular necessitam ser colocados em comunicação, procurando uni-los e, em uma ação interdisciplinar, estabelecer suas relações religando os diferentes campos do conhecimento, de tal modo que se perceba, através de uma visão de totalidade, o sentido dos fenômenos que nos cercam.
n FILOSÓFICA:
Nessa Fonte evidenciam-se as concepções a partir das quais os sujeitos
relacionam-se com a realidade social, perspectiva essa que faz do conhecimento
e do saber formas de relação com o mundo em que se expressam visões, desejos,
posturas, comportamentos, valores, convicções, perspectivas e consciência
diante de tudo que compõe o mundo: sociedade, escola, conhecimento, ser humano,
presente, futuro, relações, cidadania, democracia, etc. Assim, com a Fonte Filosófica
a escola em sua função social é compreendida como lugar de mediação e produção
de visões e atitudes, individuais e coletivas, perante o mundo. É nessa Fonte
que se define também a necessidade da escola com qualidade social cidadã
possibilitar problematizações e leituras críticas que levem a transformação dos
aspectos que ferem os direitos humanos e a emancipação dos seres humanos.
n SOCIO-ANTROPOLÓGICA – Nessa Fonte
defende-se a convicção de que o nascimento dos seres humanos não é somente
biológico, mas social e cultural o que faz do conhecimento uma produção
cultural dos sujeitos. Assim, o currículo escolar necessita considerar os
significados sócio-culturais de cada prática, no conjunto das condições de
existência em que ocorrem; esta dimensão fornece os sistemas simbólicos que
articulam as relações entre o sujeito que aprende e os objetos de aprendizagem,
entre realidade local e global. Assim, o ser humano é resultante das
circunstâncias ao mesmo tempo em que as transforma. A transformação social e cultural é
fruto da coincidência entre transformação das consciências e das
circunstâncias. Em decorrência, não há aprendizagem sem protagonismo do
educando, que constrói significados e representações pela ação cultural,
instigado pelo exercício da curiosidade.
Evidentemente, o
protagonismo não é exclusivamente do educando, mas também do educador que busca
ir além da realidade imediatamente percebida e lança-se como investigador,
conhecendo o que o educando já sabe, buscando compreender o contexto e a
situação cultural em que o educando está inserido, planejando assim o trabalho
pedagógico de modo a que ele próprio seja sujeito e não objeto da história.
n SÓCIO-PSICOPEDAGÓGICA – Nessa Fonte
considera-se a relação entre desenvolvimento e aprendizagem; promove-se o
desenvolvimento intelectual-cognitivo-biológico na relação com o mundo;
compreende-se a escola como espaço de trabalho cooperativo e coletivo que
organiza o currículo escolar para atender as características próprias dos
educandos em seus aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores, e o trabalho
pedagógico é flexível para assegurar o sucesso do aluno. Portanto, a Fonte
sócio-psicopedagógica contribui para o entendimento de que o desenvolvimento
humano, que é sócio-cultural e biológico-cognitivo, apresenta nos sujeitos
fases com características e tempos diferenciadas, que, por conseguinte variam
de sujeito a sujeito e nas diferentes sociedades.
A concepção da inclusão educacional expressa o conceito de
sociedade inclusiva como aquela que não elege, não classifica e nem segrega
indivíduos, mas que modifica seus ambientes, atitudes e estruturas para
tornar-se acessível a todos.
A Educação Especial, integrada à Proposta Pedagógica da
escola regular, objetiva promover o acesso, a acessibilidade, a participação e
a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nesta integração o Atendimento Educacional Especializado, como conjunto de atividades pedagógicas realizadas pela educação especial, favorece o processo de escolarização destes alunos nas turmas comuns e a sua interação com os contextos educacional, familiar, social e cultural. É realizado nas Salas de Recursos Multifuncionais, espaço que oferece serviços e recursos da Educação Especial nas escolas da rede de ensino.
Organização Curricular
Ensino Médio -
Curso Normal
O Currículo do Ensino
Médio-Curso Normal é desenvolvido em regime anual, com duração de três a quatro
anos, com carga horária mínima de 3000h e estágio obrigatório de 400 h. Cada
ano do curso está organizado em dois blocos - área do conhecimento e enfoque ou
temáticas. O planejamento coletivo dos professores visa desenvolver ações para
uma nova organização de tempos e espaços da educação infantil e dos anos
iniciais do ensino fundamental.
Caracteriza-se, no
primeiro ano, por uma relação teoria-prática na reflexão sobre o cotidiano da
escola em relação aos referenciais teóricos; no segundo ano, por uma relação
teoria-prática-teoria, na qual se realizam pequenas práticas de regência na
construção da formação do professor pesquisador; no terceiro e quarto ano, por
um processo de reflexão-ação, na qual a reflexão se dá sobre a ação do
aluno-educador, por meio de práticas pedagógicas. Posteriormente, ocorre a
realização do estágio obrigatório, que se constitui em uma nova ação teorizada-
refletida pelo aluno-professor. A Matriz Curricular de cada escola considera a distribuição do tempo curricular de modo a garantir a oferta da formação geral e da parte diversificada. Contudo, no primeiro ano do Ensino Médio- Curso Normal, para facilitar a organização da implementação, a escola ofertará carga horária de 75% de formação geral e 25% de parte diversificada. Em relação aos demais anos aponta-se como diretriz orientadora que sejam considerados os seguintes percentuais: No segundo ano 50% para cada parte da formação, e no terceiro ano 75% para parte diversificada e 25% para formação geral, cabendo então a cada escola definir nos seus regimentos durante o ano de 2012. Esta proporcionalidade de distribuição das cargas horárias dos dois blocos não é rígida, visando assegurar um processo de ensino e aprendizagem contextualizado e interdisciplinar.
Na carga horária prevista para os Projetos das Práticas Pedagógicas, consta a possibilidade do aproveitamento de situações de emprego formal e experiências informais, mediante declaração do aluno, constituindo os seus conteúdos como parte do currículo do curso.
A articulação dos dois blocos do currículo, formação geral e parte diversificada, se desenvolve por meio dos projetos das práticas pedagógicas construídos nos seminários integrados, pela transversalidade dos enfoques e temáticas, que oportunizam a apropriação do fazer pedagógico pelo pesquisador/aluno/professor.
Os Seminários Integrados – parte diversificada - constituem-se em espaços planejados, com a participação de professores das áreas do conhecimento – formação geral - e alunos, realizados desde o primeiro ano e em complexidade crescente. Constam da carga horária da parte diversificada, proporcionalmente distribuída do primeiro ao último ano.
Os Projetos das Práticas Pedagógicas, organizados nos Seminários são de responsabilidade do coletivo dos professores que atuam na parte diversificada- enfoques e temáticas, com coordenação e acompanhamento rotativo, oportunizam a apropriação da construção coletiva da organização curricular. As atividades dos projetos das práticas realizadas fora do espaço escolar, ou do turno que o aluno freqüenta, são acompanhadas por professor
Fonte: SEDUC
Nenhum comentário:
Postar um comentário