quarta-feira, 31 de julho de 2013

Justiça Restaurativa é tema de formação na 16ª CRE

Texto e imagens: Eliana Passarin
 
A 16ª CRE recebeu hoje a Psicóloga Professora Mônica Mumme, Coordenadora do Centro de Criação de Imagem Popular e Membro Fundadora do Laboratório de Convivência, instituição que reúne pessoas comprometidas com a paz social e as trocas justas e éticas para um trabalho de formação em Justiça Restaurativa. Participaram do encontro os profissionais de toda a instituição que puderam conhecer mais a prática da Justiça Restaurativa.
Coordenadora Adjunta Ivete Maria Marson da 16ªCRE
 abriu os trabalhos na tarde de hoje

Monica Mumme entusiasta
 da Justiça Restaurativa
 
O grupo escolheu como “bastão da fala” que é   parte da técnica um Boneco de São Francisco de Assis onde cada membro do círculo ao tê-lo em suas mãos fez uso da palavra. “Cada um tem a oportunidade de falar do que sente o que lhe afeta, não simplesmente falar do outro, o círculo serve não só para resolver conflitos mas para conviver”,disse Mumme.
 
Atividade com os prosssionais da 16ª CRE
 
A palestrante desmistificou que a escola seja o espaço com maiores conflitos, eles existem  em todos os lugares, porém, a escola é mais visada e rotulada. “A escola é plural desafiadora e portanto cotidianamente apresenta conflitos e estes devem ser encarados como humanos”. A palestrante destacou que o círculo permite que  as pessoas,os professores, os alunos contem as suas necessidades assim podem sentir mais apoio para continuar suas atividades”.

Boneco de São Francisco escolhido para ser o Bastão da Fala
 
Sobre a violência ela que é do Rio de Janeiro fez questão de dizer que a mesma não está somente na favela com o tráfico, “ mas ela está presente dentro de nós e é uma luta diária conviver com isso”. A Justiça Restaurativa ensina e contribui para uma cultura relacional de responsabilidade coletiva. O processo do círculo ajuda a entender o lugar que temos na vida do outro. “Cada um é responsável pelos seus atos, mas existem componentes externos que desestabilizam as pessoas como o desemprego a drogadição” nem sempre que se comete um ato violento quer dizer qe a gente seja do mal”, destacou  palestrante. Por isso a justiça restaurativa trabalha na lógica na resolução do conflito e não na simples punição". Ainda durante á tarde de hoje a especialista está trabalhando com os profissionais da educação das Escolas Estaduais Mestre Santa Bárbara, Pedro Rosa e Dona Isabel e amanhã (1º) no Cecília Meireles e Landell de Moura.

Diretora do Mestre Margareth Egami acolheu os participantes do encontro de formação

Educadores das Escolas Mestre, Pedro Rosa e Dona Isabel .
 
A especialista que já qualificou 40 profissionais de Bento Gonçalves da área de educação, saúde, assistência social, Ministério Público, Judiciário, Brigada Militar, promovido pela Associação EDUCARE de Bento Gonçalves e Ministério Público/Promotoria da Infância e Juventude já vê com entusiasmo os frutos começarem a  ser colhidos nas Escolas da Rede Estadual. "Trabalhar a resolução de conflitos na perspectiva da Justiça Restaurativa significa incluir a todos para participarem como sujeitos de direito, que podem e devem expressar suas opiniões nos temas que lhes afetam e, portanto, se responsabilizam por acordos que restaurem as relações rompidas. O processo ensina outras formas para a convivência e cria condições para que a Cultura da Paz seja norteadora das relações humanas" diz Monica Mumme .



Relembrando:

Matéria publicada no dia 05/06/2013
 
O curso capacitou através da técnica do Processo Circular o qual está sendo aplicado no Colégio Landell de Moura através dos professores Guardiões do Círculo Rodrigo Antônio Rigon e Jania Genher. A representante da 16ª CRE Elda Falcade que também realizou o curso avalia que a Justiça Restaurativa é uma medida facilitadora especialmente nas escolas para resolver conflitos,destaca a importância do Objeto da Palavra na dinâmica pois ela da vez e votos a todos de forma igualitária.
Para o Promotor da Infância e Juventude de Bento Gonçalves Dr.Élcio Resmini de Meneses as escolas têm o desafio e a necessidade de buscar alternativas para refletir sobre o que a sociedade lhes impõe diariamente."As práticas restaurativas, na proposta de processos circulares, onde todos têm a oportunidade de falar e ouvir, é o mecanismo possível de contribuir com o espaço social escolar, naquilo que trata das relações humanas e de seus necessários conflitos",diz o Promotor.
Processo Circular
"Em apenas duas semanas da aplicação do método já estão sendo sentidos os resultados na turma e na escola afirmaram os responsáveis. "Saimos do diálogo apenas, para a ação",diz o Guardião Rodrigo.
O método faz com que os alunos encontrem as soluções dos conflitos na sala de aula,refletindo sobre seus atos, melhorando o coletivo. Para a professora da turma onde foi aplicado o trabalho Rosalina Morbini a mesma afirma: "senti que não existe só o aluno pensante,mas um ser humano,eles também perceberam que não existe só um professor mas um ser humano,caem as máscaras,os clichês,aparecem as vulnerabilidades."Existem pessoas nos dois lados,professor e aluno,aproximou as relações."Sugiro que se faça o círculo com toda a escola, professores, funcionários e alunos".
Professora Rosalina "método serve para que a gente se perceba como seres humanos".
O professor Rodrigo afirma "sabemos que as pessoas são indivíduos mas não os sentimos e este método nos proporciona isso".
Segundo relatos da equipe a professora conselheira da turma Roberta Dal Corso fez um levantamento de pontos positivos das atividades da escola e a realização do Círculo foi o mais apontado pelos alunos.
A diretora do Colégio Vanise Lúcia Somensi Marconi diz acreditar na Justiça Restaurativa, agradeceu a EDUCARE por proporcionar o Curso e a 16ª CRE pelo apoio aos projetos que estão sendo desenvolvidos na Escola.
Guardião do Círculo professor Rodrigo e a Diretora Vanise

Alunos entusiasmados com as mudanças

Para a aluna Tuany Andressa da Silva de 15 anos "o círculo foi muito legal,porque mudou o respeito entre os alunos e professores,temos mais dedicação na sala de aula"

Respeito palavra destacada pela aluna Tuany
"Diminuiram os conflitos pois meche com os sentimentos,estamos mais unidos disse a aluna Jaqueline Santos de Matos de 15 anos.
União disse Jaqueline
"Passamos a compreender mais os professores,fortalecemos as amizades e os trabalhos em grupo", disse o jovem Hudson Leal Fernandes de 16 anos.
Amizade reforçada disse Hudson
Educare
Para a Presidente da Educare Renata Rigon Cimadon o "círculo é um processo estruturado para melhorar a comunicação entre as pessoas, a construção de relacionamentos, a tomada de decisões e a resolução de conflitos de forma mais eficiente. Através dele criamos um espaço na busca do nosso melhor, de estar presente como um ser humano por inteiro, construindo um novo modo de estarmos juntos".
"Está sendo muito prazeroso para a Associação Educare poder proporcionar a formação em Justiça Restaurativa e a continuidade para o fortalecimento do grupo formado. Através da prática do círculos, podemos observar mudanças nos relacionamentos. Essa é a transformação que queremos e precisamos para este mundo: pessoas mais humanas, que possam construir relacionamentos saudáveis" diz a presidente.

2 comentários:

  1. Ines Maria Postal Spagnolo3 de agosto de 2013 às 15:57

    Parabéns aos colegas que carregam está bandeira, a da Paz

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    1. Grata por sua postagem.Sim só há um caminho o da PAZ.

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